A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (Fetrafi/NE) realizou uma reunião de grande relevância com os dirigentes sindicais do Itaú, representando a base filiada da federação nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí e Campina Grande.
O encontro, coordenado pelo secretário Geral da Fetrafi/NE, Lindonjhonson Almeida, ocorreu no dia 17 de agosto e contou com a presença dos presidentes dos sindicatos dos bancários de Pernambuco, Paraíba e Campina Grande, bem como representantes da COE Itaú, Ribamar Pacheco e João Rufino. Outra participação notável foi a presença de Reginaldo, da Oposição Bancária do Maranhão, consolidando um fórum abrangente para discutir questões prementes da categoria.
O objetivo principal da reunião foi apresentar e discutir diversas demandas essenciais dos bancários do Itaú, englobando temas cruciais como saúde ocupacional, segurança bancária e resolução de problemas operacionais. Além disso, foram trazidas à tona denúncias de assédio moral e relatos de doenças resultantes de pressão por metas.
Saúde Ocupacional: Desafios e Necessidades
No âmbito da saúde ocupacional, destacaram-se questões sensíveis que requerem a devida atenção do Itaú:
- Falhas no sistema de assistência da Porto Seguro, comprometendo a cobertura adequada para os bancários.
- Deficiências no fornecimento de kits ergonômicos aos funcionários que passaram a utilizar notebooks, com a ausência de itens fundamentais como Apoio de Digitação, Apoio para Mouse / Mousepad e Suporte de notebook com regulagem.
- Ausência de técnicos da Porto Seguro nas agências, prejudicando o acompanhamento e orientação aos bancários sobre o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) presentes nos kits ergonômicos, fundamentais para prevenir doenças relacionadas à má postura.
- Urgente necessidade de solucionar casos de assédio moral que têm afetado os trabalhadores dessa base.
Segurança Bancária: Ameaças e Medidas Necessárias
- No que tange à segurança bancária, identificaram-se riscos que clamam por respostas imediatas:
- Deficiências no layout das novas baterias de caixa, com vidros de caixas baixos, expondo os bancários a ações violentas vindas de fora da agência.
- Problemas decorrentes da implantação da “agência de negócios”, que negligenciou a segurança nos terminais de autoatendimento, colocando tanto bancários quanto clientes em risco, sem a presença de vigilantes ou outras medidas de proteção adequadas.
Desafios Operacionais e Demandas de Modernização
Quanto a problemas operacionais, foi discutida a necessidade de regulamentar o uso de celulares para atividades relacionadas ao trabalho, como na Operação Renegociação (Operação Reneg). A equipe reunida propôs um plano piloto em parceria com a base da Fetrafi/NE, visando fornecer aparelhos celulares de trabalho por parte do banco aos trabalhadores. Tal medida se justifica pela comprovada eficácia do uso de celulares específicos para o sucesso da Operação Reneg, evitando que ligações sejam ignoradas por clientes que identificam chamadas provenientes de das agências bancárias. No entanto, o uso de telefone pessoal é inaceitável, sendo necessário a oferta, pelo banco, de um celular para atividades relacionadas ao trabalho.
Desafios de Saúde Mental e Adoecimento
Além das pautas mencionadas, a reunião abordou também a questão do adoecimento dos bancários do Itaú, causado por pressões decorrentes de assédio moral e outras fontes. Foram compartilhados exemplos preocupantes, como o rebaixamento de cargos de gerência de bancários afastados por doenças, ao retornarem ao banco. Outro ponto discutido foi o programa denominado Gera, que transforma metas mensais em semanais, gerando pressão e impactos negativos na saúde da categoria.
Aguardando Resposta e Ação Imediata
Após a apresentação e debate das demandas e preocupações pela Fetrafi/NE, o Itaú se comprometeu a analisar os requerimentos e fornecer uma resposta aos representantes o mais breve possível. A reunião reforça o compromisso da Fetrafi/NE e dos sindicatos filiados em buscar soluções eficazes para as questões enfrentadas pelos bancários, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
