Mesa de negociação com Banco do Brasil deixa movimento sindical e categoria frustrados

A última mesa de negociação entre representantes dos trabalhadores do Banco do Brasil e representantes da instituição financeira, realizada no dia 13 de setembro, deixou a categoria bancária profundamente frustrada e insatisfeita com a postura adotada pelo banco. As discussões, que visavam tratar questões essenciais como o Plano de Cargos e Salários (PCS), remuneração e o programa Performa, não avançaram de forma significativa, levantando preocupações entre os sindicatos e os bancários do Banco do Brasil.

As mesas de negociações são cruciais para garantir condições de trabalho justas e adequadas para os funcionários do Banco do Brasil. No entanto, a última reunião foi marcada pela ausência de qualquer proposta ou avaliação por parte do banco, além da falta de respostas para as reivindicações apresentadas em mesas anteriores.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão a implantação da jornada de 6 horas para os cargos de Supervisor de Atendimento e Assistentes, com a devida indenização via Comissão de Conciliação Voluntária (CCV); o fim da chamada “cesta de pontuação” nas avaliações de desempenho (GDP); a eliminação da ferramenta individualizada “Conexão”, que expõe funcionários não comissionados e permite ranqueamento entre os colegas, violando a Convenção Coletiva de Trabalho; a permanência do Sistema Automático de Concorrência a Remoção (SACR) e a contratação de mais funcionários para atender à crescente demanda.

Os representantes do Banco do Brasil alegaram que as reivindicações ainda estão sendo elaboradas e que em breve darão uma resposta ao funcionalismo. No entanto, os dirigentes sindicais consideraram essa resposta insatisfatória e insistiram na necessidade de construir um novo calendário de negociações para avançar nas questões pendentes.

A Secretária de Finanças da Fetrafi/NE e representante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) da federação, Sandra Trajano, expressou sua frustração com a situação, afirmando: “As mesas de negociação estão parecendo brincadeira. O movimento sindical esperava uma postura diferente da equipe de negociação. Dizer em uma mesa de negociação que o banco não tem a minuta é uma falta de respeito com o processo e com o movimento.”

A Fetrafi/NE destaca a importância de obter respostas do Banco do Brasil, uma vez que as propostas do movimento sindical já foram apresentadas desde o final de 2022. A demora em fornecer respostas demonstra falta de comprometimento do banco em relação às reivindicações dos funcionários, além de agravar a pressão constante por metas cada vez mais desafiadoras. Os bancários e as bancárias do Banco do Brasil exigem respostas concretas e rápidas para as questões que afetam diretamente suas condições de trabalho e qualidade de vida.