O que assistimos na tarde deste domingo, 8 de janeiro, foram consequências de anos de um modelo de governo que comprometeu ferozmente o status quo da democracia e a soberania nacional. O Golpe de 2016 não foi um golpe brando. Apesar de, naquele ato, não ter existido tanques de guerras e uma clássica intervenção militar para depor a presidente eleita Dilma Rousseff, o golpe parlamentar, judiciário e midiático daquele ano foi arrasador e deixou sequelas na sociedade.
Grupos que atacaram e violaram as estruturas da Esplanada dos Ministérios, depredando e destruindo violentamente o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal), não foram inflados da noite para o dia. Perderam completamente qualquer razão civilizatória ao serem alimentados durante todo o desgoverno Bolsonaro pelo ódio a um partido, disfarçado de amor à pátria. Estes, ainda hoje são mantidos e financiados por estruturas que precisam, urgentemente, ser identificadas e responsabilizas por crimes contra à pátria e a democracia.
A Fetrafi/NE sempre defendeu vigorosamente o livre direito a manifestação, mas não é mais tolerável qualquer tipo de organização ou agrupamento que ferem de morte à democracia brasileira. Parafraseando o presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva em seu pronunciamento após os atos nefastos deste domingo: a democracia respeita tudo, menos que se atente contra ela. Isso é crime, e os responsáveis precisam ser punidos.
Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste
