Mulheres da Fetrafi/NE e Contraf-CUT brilham na 6ª Conferência Uni Global das Mulheres, destacando representatividade global

Nos dias 25 de 26 de agosto, a cidade da Filadélfia se tornou o epicentro de discussões e ações voltadas para a equidade de gênero e os direitos das mulheres no mundo do trabalho. A 6ª Conferência Uni Global das Mulheres reuniu 582 participantes, provenientes de 202 sindicatos, representando 73 países distintos. O evento se mostrou um fórum inspirador para abordar as lutas e desafios enfrentados por mulheres trabalhadoras globalmente, além de destacar o papel fundamental dos sindicatos na promoção da igualdade.

A conferência prévia ao 6º Congresso da UNI Global Union contou com a participação notável das mulheres da Fetrafi/NE (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Nordeste) e Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro ligada à Central Única dos Trabalhadores). Dentre as participantes, a delegação brasileira ganhou destaque pela intensidade de suas intervenções e posições firmes em relação aos desafios específicos enfrentados pelas mulheres no Brasil.

Sandra Trajano, Secretária de Finanças da Fetrafi/NE e Diretora do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, compartilhou suas impressões sobre o encontro: “Ao final da sexta edição da Conferência Uni Global para as Mulheres, saímos daqui com uma imensa gratidão por poder participar e vivenciar a luta das mulheres no mundo do trabalho. Ao redor do mundo, somos muito iguais em nossos problemas, mas também diferentes pelas dificuldades que cada país enfrenta. Saímos com a certeza de que a união dos trabalhadores é crucial, e o fortalecimento dos sindicatos é mais necessário do que nunca. Aos poucos, as mulheres estão conquistando espaços e superando dificuldades. Este é um momento de ouvir, entender e aprender com as diversas experiências compartilhadas”. Segundo a secretária, a participação da delegação brasileira foi essencial, com intervenções fortes e impactantes, destacando como o enfrentamento dos problemas das mulheres trabalhadoras tem nuances distintas em cada país. “Com essa experiência, aprendemos e avançamos, embora reconheçamos que a jornada ainda requer mais velocidade. A resistência que testemunhamos aqui é inspiradora” concluiu Sandra.

Neiva Ribeiro, Presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, ressaltou o progresso em termos de representatividade feminina: “Tenho a alegria de presidir um sindicato que possui 48% de mulheres na sua direção, com 10 mulheres entre 12 diretores executivos. Estamos ocupando cargos importantes e temos a terceira mulher presidenta de forma consecutiva. Isso é resultado das discussões estratégicas e políticas que implementamos para conquistar espaços de poder.” Neiva também celebrou sua eleição para o cargo de Vice-Presidenta da Uni Finanças Mundial, demonstrando a influência das mulheres brasileiras em âmbito global.

Fernanda Lopes, Secretaria de Mulheres da Contraf-CUT, trouxe à tona a importância dos sindicatos como agentes de mudança social: “Nos últimos tempos, mesmo quando a ratificação da Convenção 190 da OIT parecia distante, nós, bancários brasileiros, lançamos o projeto Basta!, que visa apoiar mulheres vítimas de violência. Como sindicato comprometido com a cidadania, estamos atendendo mulheres em situações de violência que muitas vezes não encontram assistência nos setores públicos. Oferecemos amparo jurídico através dos nossos sindicatos. Já atendemos quase 400 mulheres, obtendo medidas de proteção para 385 delas. Estamos salvando vidas.”

A 6ª Conferência Uni Global das Mulheres consolidou-se como um fórum essencial para impulsionar a igualdade de gênero no cenário global, proporcionando um espaço vital para o compartilhamento de experiências, estratégias e conquistas das mulheres trabalhadoras. A participação ativa das representantes da Fetrafi/NE e Contraf-CUT reafirmou o papel crucial dos sindicatos na construção de um mundo de trabalho mais inclusivo e justo. As discussões iniciadas durante essa conferência certamente ecoarão além das fronteiras da Filadélfia, influenciando políticas e ações em prol das mulheres em todo o mundo.

 

 

Com informações da Contraf-CUT