Plenária dos(as) trabalhadores(as) do BB debate atual situação sanitária dos funcionários

A maior circulação da variante Ômicron tem causado o aumento de casos de Covid-19 e preocupado trabalhadores e trabalhadoras bancários, principalmente do Banco do Brasil, que vem adotando uma prática de diminuição de protocolos sanitários nesse momento de surto.

Para discutir o atual cenário de contaminação por Covid-19 e Influenza entre os funcionários do banco, foram realizadas, nessa segunda-feira, 24, plenárias em diversas federações no Brasil. A Fetrafi/NE realizou a assembleia com a presença do presidente da entidade, Carlos Eduardo, coordenadora da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Sandra Trajano, e de João Fukunaga, Coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, e bancários de todos os sindicatos filiados (Alagoas, Campina Grande, Cariri, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí).

As demandas sindicais envolvem pautas como o retorno imediato do home office para os funcionários com comorbidades e para todos que podem exercer suas atividades de maneira remota. Os trabalhadores e trabalhadoras também exigem o cumprimento do Manual de Trabalho, que dita os protocolos de segurança sanitária para reduzir as chances de contágio pela Covid-19 em suas unidades.

Para o coordenador João Fukunaga, “quando o banco aplicou o cronograma de retorno presencial dos que trabalham em departamentos de prédios comerciais, cumprido até o final de dezembro, desconsiderou completamente as recomendações amplamente divulgadas pelas autoridades de Saúde. É claro que as festas de final de ano, em razão das confraternizações, têm impactos no aumento de casos, como os especialistas mesmo confirmam. Mas isto já era previsto. E, exatamente por esta razão, que o movimento sindical insistiu tanto para que os trabalhadores com comorbidades e os que podem executar suas tarefas em home office fossem mantidos trabalhando em casa”.

O presidente da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo, ressaltou a importância das reuniões por conta da dificuldade de negociação existente entre o Banco do Brasil e as entidades sindicais. “O banco tem se mostrado resistente às demandas. Em uma decisão unilateral, o banco divulgou no início do ano um novo Manual de Trabalho que excluía o item básico e necessário de encerramento de expediente em unidade com confirmação de trabalhador contaminado”, lembrou o presidente. Para Sandra Trajano, as atitudes demonstram claramente um descaso com a saúde e com a vida dos bancários(as) e, portanto, uma ação de pressão aos bancos é urgente para resguardar a vida desses trabalhadores.

Como encaminhamento, um Dia de Luta Nacional com o tema “Desplugue-se e lute! A vida vale mais” está marcado para o próximo dia 27, com o objetivo de pressionar para que o banco cumpra sua obrigação de proteger a saúde dos funcionários e dos clientes.