Bancários do Nordeste se somarão ao ato “Lockdown em Defesa da Vida e dos Direitos”

A versão mais rígida do distanciamento social, que significa um bloqueio total imposto pelo Estado e que é denominada Lockdown, não conseguiu poupar a vida de inúmeros trabalhadores(as) bancários(as). Isso porque a categoria faz parte do chamado serviços essenciais – em período pandêmico, a situação econômica é diretamente afetada pela crise sanitária e a atenção à população é urgente e inevitável.

Logo, mesmo o Lockdown sendo uma determinação de confinamento mais rígido, a categoria bancária esteve e está, durante toda a pandemia, ativa e em pleno funcionamento. Porém, não no próximo dia 24 de março, data em está marcado o Dia Nacional de Luta “Lockdown em Defesa da Vida e dos Direitos”. Em plenária realizada pela Fetrafi/NE, na noite da última segunda-feira (23), bancários do Nordeste decidiram aderir ao ato e se somar à luta nacional por direitos e vacina para todos.

O Brasil tem sido reconhecido, mundialmente, como um dos piores países no combate ao novo coronavírus, o que traz trágicas consequências, principalmente, para os trabalhadores e para a população que mais precisa dos serviços públicos. Em decorrência do caos generalizado em que se encontra o país, o ato tem como objetivo denunciar publicamente a falta de políticas públicas de saúde, a ausência de combate aos efeitos da pandemia da COVID-19 e lutar pela retomada do auxílio emergencial de R$ 600,00, em defesa das empresas públicas e por geração imediata de emprego e renda aos trabalhadores.

Todos os sindicatos dos bancários da base da Fetrafi/NE (Alagoas, Campina Grande, Ceará, Cariri, Paraíba, Pernambuco e Piauí) se somam, também, à luta nacional pela vacinação prioritária contra à Covid-19 para categoria bancária. Em ofício enviado ao Ministério Público, a Contraf-CUT destaca que “esta importante atividade [a bancária] se mantém ativa e em funcionamento em todo o território brasileiro e a categoria bancária vem prestando o serviço com a máxima eficiência”, inclusive na “execução de políticas públicas de caráter social”. Assim, “considerando o cenário, a categoria bancária tem passado por momentos de forte apreensão ao prestar o serviço de atendimento à toda a população, porém, receosos pela preservação de sua saúde e de seus entes familiares próximos”. Destaca ainda que “não raras são as situações em que contingentes de clientes, usuários dos serviços bancários e beneficiários das políticas públicas buscam atendimento nas agências bancárias e propiciam aglomerações”. E conclui que “a tipificação da categoria bancária dentre aquelas listas no escopo das consideradas essenciais e prioritárias deve se estender ao Plano Nacional de Imunização – PNI contra a COVID-19.”