Durante os dias 23 e 24 de julho, em Fortaleza, acontece o Labour 20 (L20), grupo de engajamento do G20 Social que representa os interesses dos trabalhadores. Sua função é dialogar com os líderes do G20 para influenciar as políticas econômicas e sociais relacionadas ao trabalho e ao emprego.
O presidente da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo, representa o movimento sindical bancário, destacando a relevância da participaçã
o sindical nas decisões econômicas globais. O evento reúne líderes sindicais e representantes de diversas organizações internacionais para discutir e formular políticas que promovam um ambiente de trabalho mais justo e sustentável.
O Labour 20 (L20) representa os interesses dos trabalhadores no âmbito do G20. Este fórum une sindicatos de países do G20 e Sindicatos Globais, sendo convocado pela Confederação Sindical Internacional (ITUC) e pelo Comitê Consultivo Sindical (TUAC) da OCDE. Desde a crise financeira de 2008, o L20 se engaja no processo intergovernamental do G20, garantindo um diálogo inclusivo e construtivo sobre ‘Empregos e Crescimento’, junto com o Business 20 (B20) e outros grupos de diálogo.
Carlos Eduardo Bezerra Marques, presidente da Fetrafi/NE, comenta: “Fortaleza acolher o L20 é um reconhecimento da força e do compromisso do Nordeste com a luta por justiça social e igualdade econômica. Nossa experiência de união sindical é um exemplo de como a democracia e a negociação coletiva podem transformar a realidade dos trabalhadores”.
O L20 transmite mensagens-chave do movimento sindical global em reuniões do Grupo de Trabalho sobre Emprego, encontros de Ministros do Trabalho e Finanças, e Cúpulas do G20. As consultas conjuntas dos parceiros sociais com os líderes e Ministros do Trabalho são parte integral do processo do G20. Os membros do L20 formulam suas mensagens em um amplo processo consultivo, confirmando metas políticas na Cúpula L20 para cada presidência do G20. As principais políticas do L20 incluem:
– Continuar o trabalho do subgrupo sobre a participação na renda do trabalho e o trabalho decente, especialmente nas cadeias de suprimento.
– Abordar a desigualdade de renda com salários mínimos e negociação coletiva.
– Investimento em infraestrutura e na economia do cuidado.
– Fechar a lacuna salarial de gênero e aumentar a participação das mulheres no mercado de trabalho.
– Preparar os trabalhadores para um futuro do trabalho recompensador.
– Abordar os efeitos da digitalização e do comércio eletrônico sobre os mercados de trabalho.
– Promoção da transparência e responsabilidade fiscal.
– Coordenação de políticas para uma transição justa para uma economia neutra em carbono.
– Proteção dos direitos trabalhistas dos migrantes.
– Alcançar a Agenda 2030.
Lúcia Silveira, presidenta da CUT Ceará, destaca: “A realização do L20 em Fortaleza é um marco para o movimento sindical. Mostra a relevância do Nordeste no cenário nacional e internacional, especialmente na luta por direitos laborais e contra as desigualdades”.
O L20 tem pressionado consistentemente por:
– Gerar investimento para criar empregos de qualidade.
– Ampliar programas de aprendizagem e habilidades de qualidade.
– Garantir a formalização do trabalho através de salários mínimos, direitos trabalhistas e pisos de proteção social.
– Alcançar crescimento sustentável, verde e inclusivo.
– Garantir uma distribuição justa de renda.
– Re-regulamentar o setor financeiro.
– Acompanhar a implementação dos compromissos passados e futuros do G20.
Sérgio Nobre, presidente da CUT Nacional, complementa: “O L20 é fundamental para garantir que a voz dos trabalhadores seja ouvida no G20. A unidade e a organização dos sindicatos brasileiros são exemplos de como podemos alcançar conquistas significativas, não só para o Brasil, mas para trabalhadores em todo o mundo”.
Confira a programação do evento:
Tema:Construir um mundo justo e um planeta sustentável através de um Novo Contrato Social
Data: 23-24 de julho
Local: Centro de Eventos do Ceará, Fortaleza
23 de julho
Manhã:
– 07:30 – 08:00: Traslado do hotel Gran Mareiro para o Centro de Eventos, seguido de recepção cultural.
– 09:00 – 09:35: Abertura da Cúpula L20 por Sérgio Nobre (CUT-Brasil), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), entre outros líderes sindicais.
– 09:35 – 09:45: Discurso do Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil.
– 09:45 – 10:45: Painel sobre o papel do L20 no G20, com participação de representantes da HMS, CUT-Brasil, COSATU, e outros.
Tarde:
– 11:00 – 12:30: Discussão sobre implementar um novo contrato social em um contexto global frágil.
– 14:00 – 15:30: Debate sobre garantir o respeito aos direitos laborais nos países do G20.
– 16:00 – 17:30: Análise da reforma das instituições de governança global e a arquitetura financeira internacional, com participação do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (a confirmar).
24 de julho
Manhã:
– 07:30 – 08:00: Traslado do hotel Gran Mareiro para o Centro de Eventos.
– 09:00 – 10:30: Discussão sobre as prioridades do L20 para o Fórum de Especialistas em Transição Justa da RMTE.
– 11:00 – 12:30: Sessão sobre os impactos da Inteligência Artificial e digitalização no futuro do trabalho.
Tarde:
– 14:00 – 15:30: Debate sobre a transição do salário mínimo ao salário digno e a erradicação da pobreza.
– 16:00 – 17:00: Preparação para o G20 Social com foco na construção de alianças trabalhistas.
– 17:00 – 17:20: Encerramento da Cúpula L20.
Noite:
– 18:00: Traslado para o Museu da Imagem e do Som Chico Albuquerque.
– 20:00: Jantar no Hotel Gran Mareiro, Restaurante Brisa.
Principais Temas e Discussões:
1. Novo Contrato Social: Estratégias para promover um Novo Contrato Social focado na proteção social e direitos laborais.
2. Direitos Laborais: Análise das violações de direitos laborais nos países do G20 e estratégias conjuntas para defesa desses direitos.
3. Governança Global: Reformas nas instituições de governança global e arquitetura financeira para garantir financiamento adequado a prioridades sociais e ambientais.
4. Transição Justa: Desenvolvimento de estratégias para garantir uma transição justa no trabalho, principalmente com o avanço da digitalização e IA.
5. Salário Digno: Abordagens centradas na adoção de salários mínimos dignos para reduzir desigualdades.
6. Preparação para o G20 Social: Construção de alianças trabalhistas para consolidar a agenda trabalhista no G20.
Com informações: SEEB-CE
