Nota de Repúdio: Decisão Judicial de Afastamento do Presidente da Previ

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Nordeste (representante legítima dos Sindicatos dos Bancários de Alagoas, Campina Grande, Cariri, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí) vem, por meio desta nota, manifestar veementemente seu repúdio à decisão do juiz substituto da 1ª Vara Cível do Distrito Federal, Marcelo Gentil Monteiro, que atendeu ao pedido do deputado Leonardo Siqueira (Novo) para afastar o presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), João Fukunaga.

Consideramos a decisão do juiz como uma afronta aos princípios democráticos e aos direitos dos trabalhadores, uma vez que todos os ritos de governança foram devidamente respeitados para a nomeação de João Fukunaga como presidente da Previ. O processo de escolha e nomeação do presidente seguiu os critérios estabelecidos em conformidade com a legislação vigente, bem como os estatutos e regulamentos internos da instituição.

A decisão do juiz, que acolheu o pedido de um deputado vinculado ao partido Novo, evidencia uma clara interferência política no âmbito de uma entidade previdenciária que tem como objetivo primordial zelar pelos interesses dos funcionários do Banco do Brasil. Essa atitude compromete a autonomia e a independência dessas instituições, abrindo um perigoso precedente que pode ser interpretado como uma tentativa de desestabilizar os sindicatos e enfraquecer a representação dos trabalhadores.

Cabe ressaltar que João Fukunaga possui um histórico profissional ilibado e competência reconhecida no setor bancário, bem como atestada sua capacidade técnica dada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Sua nomeação para a presidência da Previ foi resultado de um processo transparente e democrático, onde prevaleceu a capacidade técnica e a experiência no campo previdenciário. Portanto, sua destituição configura uma medida arbitrária e injusta, que vai contra os interesses dos próprios trabalhadores que a Previ representa.

A Fetrafi/NE repudia veementemente qualquer prática golpista que visa perseguir a atuação dos sindicatos e prejudicar os direitos dos trabalhadores. Exigimos que essa decisão seja revista e que a autonomia das entidades previdenciárias seja respeitada, garantindo a continuidade do trabalho em prol dos interesses dos funcionários do Banco do Brasil.

Estaremos mobilizados em todas as esferas necessárias para reverter essa decisão injusta e garantir a proteção dos interesses dos funcionários da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil.