Fetrafi/NE cobra responsabilidade social dos bancos em audiência sobre fechamento de agências no Ceará

Evento aconteceu na ALECE nesta segunda-feira (29) e tratou dos impactos do fechamento de agências para a categoria bancária e para os clientes

O presidente da Fetrafi/NE, Carlos Eduardo, esteve na audiência pública da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (ALECE), que aconteceu nesta segunda-feira (29) em Fortaleza. A audiência tratou sobre fechamento de agências bancárias no estado.

Na ocasião, o presidente frisou o impacto negativo do fechamento das agências para o atendimento aos clientes. A fins de ilustração, Carlos Eduardo trouxe o estudo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), cujo resultado mostra que 82% das transações bancárias dos brasileiros são feitas por meios digitais.

“Antes você tinha que ir até uma agência bancária tirar um extrato, eventualmente, e agora você pode tirar um extrato no seu celular, você tira seis, sete, oito, dez vezes e isso conta como volume superior. Mas quando você tem o problema, você vai na agência bancária resolver”, disse o presidente da Fetrafi/NE. Para ele, as tecnologias disruptivas estão sendo utilizadas sem direitos sociais, excluindo parte da população da proteção do atendimento das agências bancárias. “Os bancários estão sobrecarregados e adoecendo, enquanto o atendimento é sucateado porque os bancos deixam de investir no presencial. Isso interfere diretamente no direito do consumidor de escolher onde quer ser atendido.”

Além disso, a audiência discutiu o impacto nos empregos e nas condições de trabalho. Carlos Eduardo destacou que, na última quinta-feira, 24, representou a Fetrafi/NE na audiência pública de João Pessoa para debater as demissões no segmento bancário, e afirmou que várias audiências estão acontecendo em todo o país para debater o fechamento das agências.