[Pernambuco] Sindicato cobra EPIs para proteger saúde dos bancários durante pandemia do coronavírus

Após receber denúncias sobre a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para atendimento nos bancos, o Sindicato dos Bancários de Pernambuco enviou ofício aos bancos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Santander, Bradesco, Itaú e Safra. A cobrança é por condições de trabalho que garantam a proteção à saúde da categoria.
No documento,o Sindicato destaca os riscos da exposição da categoria diante da pandemia do novo coronavírus (COVID-19) e solicita que os bancos providenciem máscaras, luvas descartáveis e álcool gel 70% para todos os funcionários que não estão em home office.
“A Fenaban assumiu o compromisso com o Comando Nacional de adotar medidas de prevenção contra o coronavírus. Mas, os bancários estão atendendo centenas de clientes diariamente, com agências superlotadas, e sem proteção mínima. A categoria vem cumprindo o decreto do governo do Estado, que incluiu os bancos como serviço essencial, mas os bancos precisam garantir os equipamentos de proteção e maior controle para o acesso aos bancos”, destaca a presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Suzi Rodrigues.
Sem responder ao ofício enviado pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco no dia 19 de março, no qual a entidade solicitava ao governador o fechamento dos bancos em Pernambuco, o Governo do Estado decretou os serviços do sistema financeiro, bancos e lotéricas como essenciais. “Os bancos públicos estão prestando um importante serviço à população, em especial com o pagamento de benefícios sociais, mas precisamos que as condições de trabalho sejam garantidas”, destaca Suzi Rodrigues.
Além do atendimento ao público e do trabalho em ambientes fechados,  os bancários manipulam o papel-moeda. De acordo com alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus pode permanecer nas cédulas mesmo dias após o contato. Nos EUA, o dólar que retorna da Ásia fica em quarentena por dez dias. Na China,  para conter a propagação do vírus, o banco central lavou e desinfetou as cédulas com luz ultravioleta e altas temperaturas, além de armazenar por sete a 14 dias antes de liberá-las para os clientes.
A entidade verificou a situação dos bancos privados e públicos, identificando que as metas estão mantidas, não há EPIs em todas as unidades, não houve adoção de escala para todos os funcionários e as agências estão superlotas.
O levantamento realizado pelo Sindicato em Pernambuco sobre as condições de trabalho nas agências foi encaminhado ao Comitê de Crise Nacional, composto pelo Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. “Esperamos que as providências sejam tomadas em caráter emergencial”, conclui Suzi Rodrigues.